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1 INTRODUÇÃO
A crescente demanda por integração entre sistemas e o avanço das aplicações web e mobile exigem arquiteturas que sejam simples, eficientes e escaláveis. Segundo à “As APIs modernas devem ser fáceis de entender, flexíveis e manuteníveis”. Este artigo tem como objetivo apresentar a arquitetura REST e demonstrar como ela pode ser aplicada na construção de APIs Web, abordando seus príncipios, benefícios e aplicações práticas.
2 ARQUITETURA REST
A arquitetura REST surgiu no contexto da pesquisa de Roy Fielding sobre estilos arquiteturais para sistemas distribuídos, sendo formalmente apresentada em sua tese Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures. Fielding (2000), que foi um dos principais autores da especifiação do HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e da URI (Uniform Resource Identifier), buscava uma arquitetura que maximizasse a escalabilidade das interações entre componentes e facilitasse a evolução independente dos sistemas.
Sendo que, REST é um estilo arquitetural que não se trata de um protocolo, mas de um conjunto de boas práticas que se apoiam fortemente nas características dos protocolos HTTP.
2.1 PRINCÍPIOS DA ARQUITETURA REST
A arquitetura REST é definida por seis restrições principais. A primeira delas é a interface uniforme, estabelecendo que a interação entre cliente e servidor deve ocorrer por meio de uma interface padronizada, facilitando a compreensão e o uso da API por diferentes consumidores. Essa uniformidade é essencial para que os sistemas possam evoluir de forma independente, mantendo a interoperabilidade (IBM, 2025).
A segunda restrição é a comunicação sem estado(stateless). Significa que cada requisição feita pelo cliente ao servidor deve conter todas as informações necessárias para que o servidor a compreenda e a processe, sem depender de contexto mantido em memória (IBM, 2025). Essa característica contribui para a escalabilidade do sistema, uma vez que o servidor não precisa armazenar informações de sessão entre as requisições.
A terceira restrição é a cacheabilidade, que indica que as respostas das requisições devem informar se são ou não cacheáveis (IBM, 2025). Isso permite que os clientes reutilizem dados já obtidos, reduzindo a quantidade de requisições e a carga sobre o servidor, além de melhorar a performance percebida pelo usuário final.
A quarta restrição é a presença de um sistema em camadas. A arquitetura REST pode ser composta por diversas camadas intermediárias, como proxies e gateways, que não alteram as mensanges trocadas entre cliente e servidor, mas oferecem funcionalidades adicionais como balanceamento de carga, autenticação e segurança (IBM, 2025).
A quinta restrição, código sob demanda, é opcional e consiste na capacidade do servidor enviar ao cliente trechos de código executável, como scripts JavaScript ou applets, esse código pode ser usado para expandir as funcionalidades do cliente sem exigir uma atualização completa da aplicação (IBM, 2025). Por exemplo, o servidor pode enviar uma nova função de validação de formulário que o cliente executará localmente. Embora essa abordagem aumente a flexibilidade e permita atualizações dinâmicas, seu uso é limitado por questões de segurança, controle e previsibilidade da execução no cliente, sendo mais comum em navegadores web.
Por fim, a sexta restrição é o modelo cliente-servidor, que consiste na separação clara entre os dois papéis. O cliente é responsável plea interface com o usuário e por enviar requisições, enquanto o servidor é responsável por processá-las, acessar os dados e retornar as respostas (IBM, 2025). Essa separação permite a evolução independente de ambos os lados, além de facilitar a escalabilidade, reutilização de componentes e especialização de desenvolvedores em suas respectivas áreas.
2.2 RECURSOS E IDENTIFICADORES
Em REST, os recursos são entidades manipuladas pelos sistemas, representadas por documentos digitais. Cada recurso é identificado por uma URI única. Por exemplo, um recurso "Usuário" pode ser acessado por meio da URI , onde "42" é o identificador do recurso (Fielding, 2000).
As representações dos recursos são normalmente formatadas em JSON ou XML. Elas podem ser modificadas e enviadas ao servidor, que atualizará o recurso conforme a ação solicitada pelo cliente (IBM, 2025).
2.3 Métodos HTTP
REST aproveita os métodos padrões do protocolo HTTP para manipular recursos de forma padronizada e semântica. O método GET é utilizado para recuperar dados, permitindo ao cliente consultar informações. O método POSTserve para criar um novo recurso, enviando os dados necessários ao servidor. O método PUT é utilizado para atualizar completamente um recurso existente com novos dados fornecidos pelo cliente. O método DELETE remove um recurso identificado por uma URI específica. Por fim, o método PATCH permite atualizar parcialmente um recurso, modificando apenas os campos indicados na requisição (IBM, 2025).
Conforme destacado por Roy Fielding em sua tese de doutorado, Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures, a adesão correta aos métodos HTTP e aos princípios REST é essencial para garantir que os sistemas possam se comunicar de maneira uniforme e previsível, promovendo a interoperabilidade entre cliente e servidor (Fielding, 2000).
2.4 Benefícios do REST em Aplicações Web
A arquitetura REST apresenta diversos benefícios em aplicações web, entre eles a simplicidade de implementação e entendimento, o uso do protocolo HTTP (amplamente suportado por servidores, navegadores e ferramentas), a possibilidade de cacheamento das respostas, o que melhora a eficiência e reduz a carga no servidor, e a independência entre cliente e servidor, permitindo a evolução separada de cada lado (Richardson, 2007).
3 Aplicações Práticas de Arquitetura REST
A arquitetura REST é largamente utilizada no desenvolvimentode APIs Web em inúmeras plataformas e linguagens de programação (Richardson, 2007). Frameworks como Laravel (PHP), Spring Boot (Java), Nest (Node.js) e Django (Python) oferecem suporte nativo para construção de APIs RESTful.
Um exemplo clássico é a API de uma loja virtual. Podemos ter os seguintes endpoints:
Na prática, os sistemas também precisam implementar mecanismos de autenticação (como JWT (JSON Web Token) ou OAuth 2.0), validação de dados, tratamento de erros e controle de versões de API (Richardson, 2007).
CONCLUSÃO
A arquitetura REST é baseada em princípios bem definidos, como a comunicação sem estado, interfaces padronizadas e a separação clara entre cliente e servidor. Isso faz dela uma ótima escolha para o desenvolvimento de APIs Web. Além disso, ela é amplamente compatível com diferentes linguagens, frameworks e facilita bastante a integração entre sistemas diversos. Para tirar o melhor proveito dessa arquitetura, é essencial seguir boas práticas — como usar autenticação, validar dados, revisar o código com frequência e manter uma boa documentação. Com esses cuidados, a API se torna mais segura e fácil de entender, garantindo que só quem realmente deve tenha acesso a ela.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIELDING, Roy Thomas. Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures. University of California, Irvine, 2000.
RICHARDSON, Leonard; RUBY, Sam. RESTful Web Services. O'Reilly Media, 2007.
IBM Developer. What is REST API? Dísponivel em: . Acesso em: 1 maio 2025.
MICROSOFT. API design - Best practices. Disponível em: . Acesso em: 1 maio 2025.
A crescente demanda por integração entre sistemas e o avanço das aplicações web e mobile exigem arquiteturas que sejam simples, eficientes e escaláveis. Segundo à “As APIs modernas devem ser fáceis de entender, flexíveis e manuteníveis”. Este artigo tem como objetivo apresentar a arquitetura REST e demonstrar como ela pode ser aplicada na construção de APIs Web, abordando seus príncipios, benefícios e aplicações práticas.
2 ARQUITETURA REST
A arquitetura REST surgiu no contexto da pesquisa de Roy Fielding sobre estilos arquiteturais para sistemas distribuídos, sendo formalmente apresentada em sua tese Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures. Fielding (2000), que foi um dos principais autores da especifiação do HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e da URI (Uniform Resource Identifier), buscava uma arquitetura que maximizasse a escalabilidade das interações entre componentes e facilitasse a evolução independente dos sistemas.
Sendo que, REST é um estilo arquitetural que não se trata de um protocolo, mas de um conjunto de boas práticas que se apoiam fortemente nas características dos protocolos HTTP.
2.1 PRINCÍPIOS DA ARQUITETURA REST
A arquitetura REST é definida por seis restrições principais. A primeira delas é a interface uniforme, estabelecendo que a interação entre cliente e servidor deve ocorrer por meio de uma interface padronizada, facilitando a compreensão e o uso da API por diferentes consumidores. Essa uniformidade é essencial para que os sistemas possam evoluir de forma independente, mantendo a interoperabilidade (IBM, 2025).
A segunda restrição é a comunicação sem estado(stateless). Significa que cada requisição feita pelo cliente ao servidor deve conter todas as informações necessárias para que o servidor a compreenda e a processe, sem depender de contexto mantido em memória (IBM, 2025). Essa característica contribui para a escalabilidade do sistema, uma vez que o servidor não precisa armazenar informações de sessão entre as requisições.
A terceira restrição é a cacheabilidade, que indica que as respostas das requisições devem informar se são ou não cacheáveis (IBM, 2025). Isso permite que os clientes reutilizem dados já obtidos, reduzindo a quantidade de requisições e a carga sobre o servidor, além de melhorar a performance percebida pelo usuário final.
A quarta restrição é a presença de um sistema em camadas. A arquitetura REST pode ser composta por diversas camadas intermediárias, como proxies e gateways, que não alteram as mensanges trocadas entre cliente e servidor, mas oferecem funcionalidades adicionais como balanceamento de carga, autenticação e segurança (IBM, 2025).
A quinta restrição, código sob demanda, é opcional e consiste na capacidade do servidor enviar ao cliente trechos de código executável, como scripts JavaScript ou applets, esse código pode ser usado para expandir as funcionalidades do cliente sem exigir uma atualização completa da aplicação (IBM, 2025). Por exemplo, o servidor pode enviar uma nova função de validação de formulário que o cliente executará localmente. Embora essa abordagem aumente a flexibilidade e permita atualizações dinâmicas, seu uso é limitado por questões de segurança, controle e previsibilidade da execução no cliente, sendo mais comum em navegadores web.
Por fim, a sexta restrição é o modelo cliente-servidor, que consiste na separação clara entre os dois papéis. O cliente é responsável plea interface com o usuário e por enviar requisições, enquanto o servidor é responsável por processá-las, acessar os dados e retornar as respostas (IBM, 2025). Essa separação permite a evolução independente de ambos os lados, além de facilitar a escalabilidade, reutilização de componentes e especialização de desenvolvedores em suas respectivas áreas.
2.2 RECURSOS E IDENTIFICADORES
Em REST, os recursos são entidades manipuladas pelos sistemas, representadas por documentos digitais. Cada recurso é identificado por uma URI única. Por exemplo, um recurso "Usuário" pode ser acessado por meio da URI , onde "42" é o identificador do recurso (Fielding, 2000).
As representações dos recursos são normalmente formatadas em JSON ou XML. Elas podem ser modificadas e enviadas ao servidor, que atualizará o recurso conforme a ação solicitada pelo cliente (IBM, 2025).
2.3 Métodos HTTP
REST aproveita os métodos padrões do protocolo HTTP para manipular recursos de forma padronizada e semântica. O método GET é utilizado para recuperar dados, permitindo ao cliente consultar informações. O método POSTserve para criar um novo recurso, enviando os dados necessários ao servidor. O método PUT é utilizado para atualizar completamente um recurso existente com novos dados fornecidos pelo cliente. O método DELETE remove um recurso identificado por uma URI específica. Por fim, o método PATCH permite atualizar parcialmente um recurso, modificando apenas os campos indicados na requisição (IBM, 2025).
Conforme destacado por Roy Fielding em sua tese de doutorado, Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures, a adesão correta aos métodos HTTP e aos princípios REST é essencial para garantir que os sistemas possam se comunicar de maneira uniforme e previsível, promovendo a interoperabilidade entre cliente e servidor (Fielding, 2000).
2.4 Benefícios do REST em Aplicações Web
A arquitetura REST apresenta diversos benefícios em aplicações web, entre eles a simplicidade de implementação e entendimento, o uso do protocolo HTTP (amplamente suportado por servidores, navegadores e ferramentas), a possibilidade de cacheamento das respostas, o que melhora a eficiência e reduz a carga no servidor, e a independência entre cliente e servidor, permitindo a evolução separada de cada lado (Richardson, 2007).
3 Aplicações Práticas de Arquitetura REST
A arquitetura REST é largamente utilizada no desenvolvimentode APIs Web em inúmeras plataformas e linguagens de programação (Richardson, 2007). Frameworks como Laravel (PHP), Spring Boot (Java), Nest (Node.js) e Django (Python) oferecem suporte nativo para construção de APIs RESTful.
Um exemplo clássico é a API de uma loja virtual. Podemos ter os seguintes endpoints:
- GET /produtos: lista todos os produtos;
- GET /produtos/1: detalha o produto com ID 1;
- POST /produtos: cria um novo produto;
- PUT /produtos/1: atualiza o produto com ID 1;
- DELETE /produtos/1: remove o produto com ID 1.
Na prática, os sistemas também precisam implementar mecanismos de autenticação (como JWT (JSON Web Token) ou OAuth 2.0), validação de dados, tratamento de erros e controle de versões de API (Richardson, 2007).
CONCLUSÃO
A arquitetura REST é baseada em princípios bem definidos, como a comunicação sem estado, interfaces padronizadas e a separação clara entre cliente e servidor. Isso faz dela uma ótima escolha para o desenvolvimento de APIs Web. Além disso, ela é amplamente compatível com diferentes linguagens, frameworks e facilita bastante a integração entre sistemas diversos. Para tirar o melhor proveito dessa arquitetura, é essencial seguir boas práticas — como usar autenticação, validar dados, revisar o código com frequência e manter uma boa documentação. Com esses cuidados, a API se torna mais segura e fácil de entender, garantindo que só quem realmente deve tenha acesso a ela.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIELDING, Roy Thomas. Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures. University of California, Irvine, 2000.
RICHARDSON, Leonard; RUBY, Sam. RESTful Web Services. O'Reilly Media, 2007.
IBM Developer. What is REST API? Dísponivel em: . Acesso em: 1 maio 2025.
MICROSOFT. API design - Best practices. Disponível em: . Acesso em: 1 maio 2025.